Análise Completa - F.E.A.R.


"F.E.A.R." é um jogo FPS com elementos de terror lançado em 2005 para computador, e posteriormente para videogames, sendo marcante não somente por cenas fortes e sustos frequentes, mas também pelo alta padrão da inteligência artificial (avançada para a época) e pela boa história, não perdendo credibilidade ou sentido devido aos acontecimentos paranormais. E não somente isso, apesar de ultrapassados, os gráficos ainda impressionam até hoje e a interação com o ambiente é estupenda. Pelo menos na versão da Steam, o jogo (que já é longo) vem acompanhado com duas expansões de brinde, totalizando pelo menos cerca de 16-20 horas de entretenimento.


Sobre a Jogabilidade


É relativamente boa para o estilo de tiro em primeira pessoa, apesar da câmera poder ocasionar dores de cabeça em alguns. Não é possível utilizar um controle de X-box 360, mas os comandos por mouse e teclado são fáceis de se adaptar. É possível executar os movimentos básicos (pular, agachar, interagir com portas e objetos), usar ataques corpo a corpo (como socos e chutes), carregar até três diferentes tipos de armas de uma só vez, carregar até 10 medkits, carregar diferentes tipos de bombas e explosivos. Um diferencial é que você pode atrasar o tempo, não perdendo agilidade nos seus movimentos enquanto o efeito estiver sendo aplicado. Funciona da mesma maneira que uma barrinha de stamina, que recarrega com o tempo, e quando ativa faz com que todos os inimigos se locomovam e atirem lentamente, dando tempo de reagir e se esquivar normalmente.


Sobre o Enredo 


Como uma breve sinopse, a trama é voltada para fenômenos sobrenaturais, cujo a organização de forças especiais F.E.A.R. é convocada para conter. O jogador assume o controle do ''Point Man'', um soldado com reflexos sobrehumanos e que luta contra exércitos de soldados clonados, e no decorrer da história vai descobrindo todos os segredos guardados por uma ameaça paranormal na forma de uma garotinha assustadora. O que posso garantir é que há reviravoltas incríveis e o desenvolvimento do enredo acontece de uma maneira 'espontânea', e não forçada. É importante acompanhar diálogos e ouvir os telefonemas e mensagens encontradas durante as fases, que contam de maneira mais aprofundada sobre o universo de FEAR.


Sobre os Inimigos 


Há realmente vários tipos de soldados clonados a serem combatidos no decorrer das fases, desde oponentes comuns usando armas automáticas, até ''ninjas'' que ficam invisíveis e atacam de modo furtivo, clones com armaduras potentes que resistem a muitos tiros, snipers, shotgunners, entre outros. Também há guardas das forças Armacham, turrets defensores, drones ágeis e irritantes, robôs com lançadores de mísseis e uma alta defesa e até aparições de fantasmas que podem ser expulsas à tiros. Não há monstros de verdade, se limitando principalmente em inimigos soldados. Também não há bosses, nem no final. O que de fato impressiona é a inteligência artificial, sendo que os inimigos podem subir escadas, rastejar, empurrar objetos para ganhar cobertura, quebrar janelas e pular para outras salas, agir em grupo para te cercar ou para atirar de modo supressivo. É formidável.


Sobre Gráficos e Ambientação


Como foi dito no início da análise, os gráficos não deixam nada a desejar, principalmente considerando que este jogo já tem mais de 10 anos de 'idade'. É possível atirar e destruir muitos objetos e partes do cenário, e mais que isso, ao atirar nas paredes ou explodir granadas é notável toda a fumaça que surge, incluindo a do concreto sendo pulverizado. A violência é totalmente explícita, muito sangue e cenas fortes. Juntamente com belos gráficos, a ambientação se faz valer pela qualidade do sistema de áudio. Os sons são fantásticos, tanto das vozes e efeitos no geral, como também na atmosfera de terror. A música é especial, controla o clima e a tensão de cada parte, e ao mesmo tempo não é enjoativa e nem repetitiva. Os cenários deixam a desejar, pois se tornam parecidos em diferentes fases, sempre construções abandonadas ou devastadas, com lugares escuros e lugares banhados de sangue. Por exemplo da fase 4 até a fase 8 você vai se ver preso dentro de um prédio com infinitos andares, corredores e salas.


Sobre o Terror


Apesar de não ser o foco principal do jogo, ele é muito presente e quando você menos espera surge do submundo para te pegar desprevenido. Utilizaram diferentes métodos para construir a atmosfera e o terror psicológico em FEAR, o que surpreende e muito. Isso tanto no jogo principal, como também nas expansões. Entre as artimanhas usadas é possível citar: a iluminação e afins (luzes piscando, um lugar claro se tornar escuro de repente, lustres balançando de um lado pro outro), pesadelos e alucinações (você simplesmente muda para uma outra dimensão modificando toda a aparência da sala e passando por muitos apuros paranormais, para depois retornar ao que seria o ''mundo real''), aparições rápidas (os fantasmas caminhando e desaparecendo em questões de segundos, surgindo rapidamente na sua frente e logo atrás de você), sons e cenários tenebrosos (lugares repletos de cadáveres e de sangue, sons inexplicáveis de metais, passos e até gritos), inimigos que ficam invisíveis ou aparecem do nada (como os ninjas e os fantasmas que saem de portais). Realmente é um título que dá arrepios, e aparentemente inspirou até o inabalável Outlast (como a fonte de sangue e 'malucos' batendo a cabeça contra a parede sem motivo aparente).


Outros Detalhes


São cerca de 24 fases subdividias em 12 intervalos, com cerca de 6-8 horas de duração. O modo multijogador não funciona mais, está desabilitado. Você não pode jogar com bots amigos e nem têm apoio de companheiros da equipe. Não há um sistema de conquistas e nem cartas colecionáveis. A dificuldade é muito baixa se jogado no fácil, pois os tiros causam menos danos e em qualquer um dos modos há muitos medkits espalhados pelo campo. É possível salvar quando desejar, embora exista o salvamento automático pelo jogo. Além do modo campanha individual, existe também o modo Instant Action, que permite rever quatro mapas diferentes e atravessá-los de um ponto ao outro antes do tempo acabar, derrotando hordas de inimigos no caminho. Há muitas armas no jogo, incluindo metralhadoras, pistolas, lança-foguetes, rifles e a mais forte de todas - shotgun.


Sobre as Expansões


Ao fazer o download do jogo, as DLCs já serão inclusas e aparecerão na área de trabalho como dois ícones extras e separados. A primeira (lançada em 2006) se chama "Extraction Point" e continua a história exatamente da onde parou em FEAR. Conta com pelo menos mais 5 horas de campanha, não fornecendo nenhum outro bônus ou multijogador. É a mais voltada para o terror, tendo momentos mais tensos e assustadores que o próprio jogo (principalmente o final). A atmosfera é mais escura e sombria, e há um novo inimigo em especial que se destaca principalmente na segunda expansão (um monstro que fica invisível e se movimenta de modo muito rápido), além de três novas armas (uma de laser, uma minigun e um turret que pode ser montado no chão). 


A segunda (lançada em 2007) se chama "Perseus Mandate" e acrescenta no mínimo mais 5 horas de campanha, assim como a primeira. É uma história alternativa, que se passa ao mesmo tempo do jogo principal e da primeira DLC. Você joga com uma segunda equipe F.E.A.R. e experimenta em alguns momentos (embora curtos) ter bots aliados te ajudando na guerra. Apresenta bem menos terror e sustos que os outros, é mais voltado para o tiroteio (apesar da fase 4 ser sinistra contra os monstros invisíveis). O ponto principal é que vários novos inimigos são acrescentados, incluindo um Boss robô e soldados de elite.



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