Análise Rápida - Strider


A Capcom tem sempre aquele negócio de fazer reboot para clássicos até que antiguinhos, e foi neste mesmo sistema que nasceu "Strider" em 2014, baseado no original de 1989. Eles mantiveram a jogabilidade em 2D e o combate dinâmico e fluido, atraindo tanto aos que aprovaram o original, como também novos jogadores que nunca tinham ouvido falar no título antes. Sem dúvidas essa remasterização manteve o nível proposto pelo primeiro jogo, ou me arriscaria a dizer que superou pela junção de várias cenas e movimentos de ação, com bosses desafiadores e diversos obstáculos que exigem agilidade e sagacidade.


Pontos Positivos:


-> Falando em Boss, um trunfo do jogo é exatamente a quantidade e qualidade de chefões. Todos eles são fracos, mas somente caso entenda como matá-los e tenha bons reflexos. Você vai ficar mais ansioso em enfrentar o próximo boss do que prosseguir com uma fase ou explorar uma área.

-> Cada boss derrotado libera um novo power-up, que leva para outro trunfo que se conecta diretamente com a mecânica de combate. Durante a trama você aprende a refletir tiros, a lançar kunais (parecidos com facas), conjurar uma águia ou uma pantera para atacar inimigos próximos, lançar projéteis de fogo e até dar salto triplo!

-> A espada também ganha upgrades, evoluindo para uma versão de gelo - que realmente congela inimigos - e uma versão sinistra de energia roxa que te deixa quase que overpowered (contra a maioria dos oponentes comuns).

-> O gráfico é interessante, um 2D que é ao mesmo tempo 3D (em determinados momentos) sem tirar aquela sensação de jogo clássico. A trilha sonora também não saiu muito do padrão, podendo agradar diferentes gostos.

-> A campanha é até que longa - cerca de 4-8 horas - e vem acompanhada de um sistema de conquistas e de cartas colecionáveis soltas com o tempo.


Pontos Negativos:


-> As fases se tornam cansativas com o tempo, principalmente por ter que explorar áreas que se entrelaçam, podendo tanto te deixar perdido, como também passar pelo mesmo lugar duas ou três vezes.

-> Não existe um ''fast travel'' para chegar mais rapidamente em determinados pontos do jogo. Você precisa procurar uma plataforma específica para então ativar algum power-up que te possibilitará viajar para uma outra cidade ou ramificação da área principal.

-> O cenário chega a ser repetitivo, por mais que você visite outras regiões, várias delas têm muitas semelhanças e durante a trama o jogo te obriga a visitar novamente cada uma das cidades.

-> Mesmo sendo disponibilizados em grande quantia, os Bosses possuem um mesmo padrão: seus ataques causam danos elevados e necessitam que o jogador fique desviando rapidamente por um determinado período para depois ter alguns segundos de descanso usados para causar dano no Boss. Por mais que os ataques pareçam diferentes todos, repito, todos os Bosses seguem este mesmo padrão.

-> O enredo é clichê e não apresenta nada de inovação ou que crie personagens marcantes, sejam eles inimigos ou aliados.

-> Os modos bônus de desafio (beacon run e survival) só podem ser liberados caso o jogador encontre todos os segredos específicos espalhados pelos mapas da campanha. Não é nada fácil encontrar cada segredo, é preciso gostar muito do jogo para explorar cada canto.



Recomendo "Strider" por ser um bom jogo e por não ter deixado elementos clássicos de lado. Infelizmente é um jogo pouco conhecido, tenho certeza de que conseguiria agradar um público relativamente grande caso fosse divulgado em maior escala. Além de ser bem feito e ter vários desafios - sejam de combate, sejam de obstáculos de agilidade - ele ainda comporta o uso do Controle de X-box e tem várias opções de configurações. Vale a pena sim jogar "Strider", por mais que você se irrite ou se perca durante a campanha, no final de tudo você vai ver que valeu a pena continuar sem guardar remorsos. Clique aqui para ver a Página da Loja.


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