Análise Completa - The Witcher 3: Wild Hunt


"The Witcher 3: Wild Hunt" não foi apenas o melhor jogo de 2015, mas um dos melhores RPGs já feitos na história. Qualquer fã do estilo, acompanhando ou não a saga Witcher desde o início, precisa jogar este incrível título, não há palavras suficientes para descrever o tão maravilhoso, épico, magnífico, encantado é este título. Já aqui digo minha sincera opinião e recomendo este jogo com muito fervor, um dos meus favoritos e que ficará marcado.


Pontos Positivos: 



Uma jogabilidade simples e acessível, tudo muito fácil de aprender e manusear, tanto nos ataques convencionais com as espadas como também no uso de sinais e de recursos para defesa/esquivamento. É possível utilizar um controle de X-box 360. Ótima renderização gráfica. Você vai ficar encantado com o quão bonito é o gráfico de Witcher 3, sendo até mesmo apreciável na qualidade Baixa, não sendo assim tão pesado - um computador de capacidade intermediária pode conseguir rodá-lo sem muitos travamentos.


Mapa extremamente útil, tanto o mundi como o mini. Há ícones para tudo quanto é lugar, localização de ervas próximas, marcador pessoal, indicadores específicos para missões, e até um rastro pontilhado que trilha seu caminho pelo mapa até o seu objetivo. Todas as interfaces são claras e acessíveis mostrando até o nível recomendado para cada missão. O sensor Witcher ganhou um papel crucial neste título. Você vai precisar dele em quase toda missão, investigando cenas de crimes e mostrando de modo claro todos os objetos os quais você pode interagir nas proximidades. E mais, ele tem uma opção exclusiva para daltônicos não serem prejudicados.


Uma montaria inteiramente sua que te acompanha até nos locais mais remotos, basta assobiar que Roach, seu fiel cavalo, vem até você esteja onde estiver. E não somente isso, ele não morre e se recusa a se mexer caso tente pular por um local alto, evitando dano de queda. Ao invés disso ele possui uma barra de medo que o faz fugir por conta de possíveis ameaças. A stamina dele dura por bastante tempo, sendo extremamente útil para locomoção.



O joguinho de cartas Gwent não apenas continua, como também ganha bastante força, se tornando literalmente um minijogo. Você pode competir com muitos rivais, ganhar cartas raras como recompensa, sair por ai formando seu deque através de cartas vendidas por mercadores, e até se tornar o campeão realizando missões secundárias voltadas ao Gwent. Você vai encontrar personagens ilustres dos jogos anteriores, incluindo: Triss, Philipa, Letho, Vesimir, Thaler, Zolthan, Roche e Dandellion. Também há muitas referências nostalgicas aos jogos anteriores.


O áudio é incrível em todos os sentidos. Músicas marcantes, tornando cada lugar e cena ainda mais dramática e épica, dublagem fantástica, disponível em várias linguagens - incluindo em português, bem como as legendas. Enredo inquestionável, com cerca de 30-50 horas de duração (isso somente a história principal) e repleto de cenas cinemáticas, que te fazem sentir literalmente dentro de um filme.


Muitos e muitos pontos de interesse ao serem explorados após ler quadros de anúncios nas cidades e vilas, especificando partes do mapa que podem valer a pena fazer uma visitinha para lucro ou combate. Missões Secundárias intuitivas e com bastante conteúdo, bem como contratos - cada um com um Boss. Gerando pelo menos mais 20-50 horas de jogo. Mudanças climáticas interessantes, contendo névoa e até tempestades que molham a tela. Sistema de dia e noite que afeta na rotina dos monstros e NPCs, paisagens de deixar qualquer um boquiaberto variando desde florestas densas até montanhas cobertas por neve.


Praticamente todas as missões vêm acompanhada com alguma história, não se resumindo no combate, mas tendo até algumas voltadas para corridas de cavalos e investigações dignas de um perito criminal. Na principal a investigação sobre Ciri ganha vida te possibilitando de jogar com ela em muitos momentos. Não há carregamentos ao entrar em bares, cidades e casas, por exemplo, o carregamento do mapa é inteligente. Não é mais preciso meditar para consumir ou fazer poções. Cada monstro tem sua fraqueza e especificação, evitando se tornar um puro ''hack'n'slash'', você precisa desviar bastante e usar os sinais com sabedoria para vencer com maior facilidade.


Muitos Npcs, muitos mesmo, cidades densamente povoadas, tudo para imersão. Possibilidade de navegar pelas águas perigosas através de barquinhos, que até podem sofrer danos por monstros e afundarem em alto mar. Personagens com muito caráter, você até se apaixona por alguns deles e odeia demais outros. Possível importar o Save do Witcher 2 (caso tenha). Sistema de escolhas e decisões rápidas progride e muito, possibilitando 32 diferentes finais no total, incluindo diferentes personagens. Mas finais da trama são três opções para Ciri e três para Geralt e seus amores.


Momentos épicos e de muita ação, momentos hilários e de descontração, tantos sentimentos em um só jogo. Possibilidade de encantar armas e armaduras, bem como aprimorá-las. Várias reflexões sobre religião, política e preconceito que podem ser adotadas à nossa realidade (repare em Radovid).


Pontos Negativos: 



Dificuldade elevada pra juntar dinheiro, em vista dos preços caros das lojas e da necessidade frequente em reparar itens gastos. Acaba sendo complicado fazer poções pelos ingredientes serem custosos e a solução é explorar muito o mapa. As poções primárias não são tão úteis quanto nos demais títulos, é preciso obter receitas encantadas. Assim, para iniciantes mais vale recarregar a vida com alimentos e bebidas, por exemplo, do que com a poção ''swallow''.


Algumas missões simplesmente falham caso você pense em deixá-las para depois e progrida até certo ponto na missão principal, e isso é uma lástima. Mundo aberto limitado, você não pode acessar todos os mapas caminhando, alguns só são acessíveis por viagem rápida e os limites de cada região não podem ser ultrapassados.


Viagem rápida limitada, nisso poderiam se inspirar em Skyrim, podendo viajar apenas usando o mapa, e não tendo que ir até a placa de viagem de modo a poder selecionar outra placa para então viajar até ela. O cavalo não entra na água, o que pode ser suprido pelo nado e pelos barcos. Você não pode atacar e furtar qualquer NPC como em Skyrim, muito menos em grandes cidades. Os guardas te perseguem por pouco tempo caso te vejam furtando algo no cenário e logo esquecem (e não há prisão).


Pouca variação de armas, tratando da aparência delas. Armaduras até que mudam bastante de visual, mas espadas não. Não é possível voltar atrás caso tome alguma decisão errada, podendo até desencadear um final deprimente que vai te fazer sentir horrível após gastar 50 horas de campanha e te obrigará a zerar outra vez. Não é possível ter um ajudante ou seguidor, somente em certas missões. Final vago, pois após terminar a campanha você não vê os resultados, mostrando uma mensagem de que tudo que você jogar a partir de agora ocorreu antes do final.

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